Caminhos para a estabilidade autoritária em Portugal (1933-1974)

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Paula Borges Santos

Resumen

Partindo da literatura existente, este artigo reflete sobre o tratamento que mereceu o problema da durabilidade do salazarismo nas ciências sociais, e em particular na historiografia. De seguida, equaciona-se de que modo as câmaras de representação política e orgânica do regime (a Assembleia Nacional e a Câmara Corporativa) foram associadas à estratégia de integração política seguida pelo Governo, no seu desígnio de estabilização do regime. Considera-se essa estratégia no quadro do projeto corporativo estatal. Assinalam-se os projetos diferenciados que existiram na classe política, bem como os seus significados, e verificam-se os procedimentos e as negociações que permitiram firmar soluções. Na sua diversidade, estes elementos permitem assinalar comportamentos na governação, mecanismos de funcionamento das instituições e da articulação entre poderes, que concorrem para melhor se compreender, porventura de forma mais complexa, como se estabilizou a ditadura.

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Cómo citar
Borges Santos, P. (2017). Caminhos para a estabilidade autoritária em Portugal (1933-1974). Aportes. Revista De Historia Contemporánea, 32(93). Recuperado a partir de https://www.revistaaportes.com/index.php/aportes/article/view/247
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Paula Borges Santos, Instituto de História Contemporânea – FCSH/NOVA

Paula Borges Santos. Doutorada em História Contemporânea pela Faculdade de Ciências Socais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA). Investigadora integrada do IHC-FCSH/NOVA, onde coordena o Grupo de Investigação Justiça, Regulação e Sociedade. Desenvolve, desde 2013, o seu projeto de pós-doutoramento com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). É colaboradora regular do Departamento de Historia Contemporánea da Facultad de Geografia y Historia da UNED (Espanha). Foi professora visitante da Pontifícia Universidade Católica de Rio Grande do Sul (2015). Publicou Igreja Católica, Estado e Sociedade (1968-1975): o caso Rádio Renascença (ICS, 2005), que recebeu o Prémio Fundação Mário Soares (edição de 2004); A Questão Religiosa no Parlamento (1935-1974) (Assembleia da República, 2011); A Segunda Separação. A Política Religiosa do Estado Novo (1933-1974) (Almedina, 2016). Foi cocoordenadora do Dicionário de História de Portugal. O 25 de Abril (Livraria Figueirinhas, 2016). Publicou ainda cerca de cinquenta artigos e quatro dossiers temáticos em revistas científicas internacionais e nacionais.

 Investigadora de pós-doutoramento. Desenvolve o projeto: A Organização Parlamentar na Europa na Era dos Fascismos: Portugal, Espanha e Itália (1922-1976), com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Coordenadora, no IHC, do Grupo de Investigação Justiça, Regulação e Sociedade. Membro do Comité Coordenador da International Network for Studies on Corporatism and the Organized Interests (NETCOR), em representação de Portugal